segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Qual o tamanho de sua conduta e ética profissional?


Após alguns escândalos de fraudes, aquisições por deficiência de capital e intervenções em algumas instituições financeiras, envolvimento de bancos e empresas com políticos, denúncias de desvio de dinheiro, pagamento de propinas, transações não autorizadas, entre outras informações

Após alguns escândalos de fraudes, aquisições por deficiência de capital e intervenções em algumas instituições financeiras, envolvimento de bancos e empresas com políticos, denúncias de desvio de dinheiro, pagamento de propinas, transações não autorizadas, entre outras informações, me pergunto: é ausência de controles, auditorias, índole, ética?

Tais informações que a mídia nos traz todos os dias, em certos momentos, deixam-me cada vez mais descrente de vários políticos e gestores de empresas; podemos citar os casos do Banco Santos, Banco Morada, Banco Schahin, Société Générale, Madoff, Banco PanAmericano, UBS, entre outros. Até quando seremos reféns de profissionais sem o mínimo de conduta e ética?

Geralmente todos os profissionais de Compliance têm o termo de conduta e ética como o principal normativo interno a ser implementado, mas por que é tão difícil de praticar? Será ganância de mais? Falta de educação familiar? Ainda me lembro de meu pai dizendo: "filho seu nome é seu maior legado" ou "filho, nunca pegue nada dos outros, conquiste para ser seu", sábias palavras, mas não é isso que vemos hoje em dia.

E os órgãos reguladores que sempre intensificam sua fiscalização quando ocorrem problemas com os bancos, das quais citamos a descoberta do rombo no PanAmericano no ano passado, e agora o Banco Central passou a olhar nos detalhes cada contrato de operação de crédito e a cessão destes créditos.

Não podemos deixar de citar os casos do Banco Morada e a financeira Oboé que sofreram intervenções do BC. E por exemplo outras instituições, para que pudessem continuar a operar, tiveram de mudar de mãos, dando início a um processo de consolidação do sistema. É o que aconteceu com a compra do Banco Matone pelo Banco JBS, fechada em março, e do Banco Schahin pelo BMG, selada em julho – ambas costuradas com linhas de financiamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Se os profissionais possuíssem a conduta e ética dentro dos padrões esperados, será que precisaríamos de tantos controles? Será que se os contadores que permitiram a constituição de fraudes e desvios de dinheiro das organizações se negassem a fazê-los, será que as fraudes aconteceriam na quantidade que vem ocorrendo?

Necessitamos urgentemente de mudanças, pois a impunidade sempre sobrepõe a justiça, quem tem dinheiro, dificilmente vai preso, e assim por diante. Falar de conduta e ética nos leva a reflexões e perguntas como: "Qual o tamanho de sua conduta e ética profissional?" Ela tem limites ou depende da sua necessidade?

Chega de jeitinhos, esquemas, profissionais que envergonham e prejudicam a toda uma categoria. Não podemos mais ser reféns deste tipo de pessoas, sei que muitos vão pensar que sou muito otimista, mas quando eu não tiver mais esperanças, não valerá mais a pena exercer minhas atividades de professor e consultor. Reflita sobre isso e ajude a iniciar esta mudança, basta ser honesto.

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Um comentário:

  1. Olá caro Fernando e novos colegas. O que penso sobre a questão posta? Vamos lá:
    Tamanho: grandeza e dimensão;
    Profundidade: intensidade extraordinária;
    Peso: força, importância e consideração;
    Medida: comparação e julgamento.
    Ética: fundamentos da moral...
    Em essência, essas cinco palavras elucidam qualquer dúvida sobre o significado de conduta.
    Também, em essência, o caráter do indivíduo cristalizado pela sensatez e retidão, se conduzem pelo exemplo de suas ações – através do produto formador desse mesmo caráter desenvolvido.
    O sujeito que se estima reto em seus exemplos, demonstra grandeza e dimensão (tamanho) de sua moral, sem fazer sombra ao outro.
    A pessoa que se espera pronta e confiante em seus atos, desenvolve uma intensidade extraordinária (profundidade) de sua formação, sem afundar ou submeter o outro.
    O indivíduo que se pressupõe transparência de conduta, emana força, se reveste de importância e é considerado (peso) por sua consciência, sem toldar o outro.
    O homem que se anseia na quinta essência das atitudes de vida, tem em si, a comparação e julgamento (medida) de seus próprios atos, em detrimento do outro.
    A pessoa que se nos detém como exemplo a ser seguido, vive em si, no fundamento da moral (ética) de sua própria construção, a favor do outro.
    Trabalho, portanto, nessa construção pessoal, no tamanho de meus sonhos, na profundidade de minhas esperanças, no peso de minhas responsabilidades, na medida que vivo na ética, o propósito de auxiliar o erguimento do outro.
    Detalhe: ética não existe estanque. Vida pessoal e profissional são uma só, perante seu significado.
    E só é possível essa conduta, se seu desdobramento for em benefício do outro.
    Aí sim, se nos dignificamos nas vidas intima e profissional...
    Um abraço a todos.
    Prof. Carlos E. Wolf
    ceywolf@yahoo.com.br
    ceywolf.blogspot.com

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